quinta-feira, 29 de novembro de 2012

E a sociedade cobra...



Se você é solteiro, precisa ter um namorado (a). Se está em um relacionamento, vai ter que casar. Casou? Então quando vai ter filhos? E se tem filho, ele não vai precisar de um irmão?

Além de todos os clichês, dizem por aí que as coisas devem acontecer naturalmente, que devemos viver cada dia como se fosse último, que paciência é uma virtude, que o essencial é invisível aos olhos (frase do nosso amigo francês Saint-Expéry).

E para dar a chancela de todas as expectativas invasivas, Caio Fernando Abreu e Clarice Lispector reviram em seus túmulos ao notarem que seus nomes assinam frases do estilo "carpe diem" às avessas. As redes sociais suprem o papel de psicólogas da modernidade. Basta dizer um sentimento e o cidadão será salvo pelos amigos comentaristas que pouco ou nada contribuem sobre a percepção de uma vida em apenas uma linha.

Talvez o mundo esteja mesmo caminhando para o fim. Não o fim concreto, uma grande explosão para voltarmos a ser poeira e moléculas (se é que fomos mesmo). Penso no final da boa resolução pessoal em âmbito privado.

E por que mesmo, eu devo chegar em um bar e dizer ao mundo que eu estou lá se o que vale da vida é a vida que a gente leva, e a liberdade não tem preço!?

Preciso sair.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Desabafo lusitano


"Muda de nível,
sai do estado invisível,
põe o modo compatível,
com a minha condição,
que a tua vida,
é real e repetida,
dá-te mais que o impossível,
se me deres a tua mão.

Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens (...)"

(Um contra o outro - Deolinda)

A música lusitana se reinventa ao som do fado moderno de Deolinda. Com letras divertidas, irônicas e muito distantes do sofrimento tradicionalmente expresso na lírica portuguesa, o grupo revela o sentimento da sociedade atual. Lidar com os relacionamentos interpessoais como um jogo é um dos pontos de vista. Há também, os aspectos nocivos da inveja em "Mal por mal", em que a frase reveladora é "o teu bem faz-me tão mal". E por que não refletir desta forma?

Se impor sobre a falta de humanidade do "ser humano", por mais redundante que seja a frase é algo necessário. A falta de fluidez, a ausência de preocupação e respeito são constantes. Falar de bons sentimentos e bons fluídos passou a ser brega. Então, reposicionar-se sobre os sentimentos que nos são imanentes pode ser uma solução inteligente para perpertuarmos a discussão sobre quem somos e para onde vamos, por mais ampla ou obsoleta que essa discussão seja. Acredito que algum momento da vida, as pessoas se questionam sobre o quanto mudaram e onde ficou o sentimento terno que tanto preconizaram por anos a fio e que foi perdido de forma desvairada.
Na canção do grupo português chamada "Um contra o outro", o acorde inicial é dado com uma forte sentença: "Anda, desliga o cabo, que liga a vida, a esse jogo (...)". E afinal, por que fazer da vida um jogo? Qual é a graça de jogar contra si mesmo? Ouvi falar certa vez sobre um termo interessante: "auto-sabotagem". Criticar a si mesmo é importante, mas se maltratar é tolice. E mais, não se permitir sentir junto a outra pessoa um sentimento honesto e verdadeiro, é também permanecer no erro. Faça amigos, sorria, diga bom dia, agradeça, seja você mesmo.

A música ensina. Às vezes, a lusofonia também.  E desta forma, Juliette escreve para marcar os quatro anos deste espaço verborrágico que em língua portuguesa preconiza boas e transformadoras ideias.

terça-feira, 13 de março de 2012

Quando não há inspiração

Política Chico Xavier de escrita de textos.
Enya para relaxar.
Respirar, inspirar.
Olhar para a foto da família.
Esperar que um raio caia sobre a sua cabeça.
Rock.
Bach.
Pausa para o Café.
E por que será que a Eureka não acontece?
E por que será que devemos esperar por ela?
Nada de feijão com arroz.
O tempero está justamente na vontade de fazer algo diferente.
Algo atraente.
Algo instigante.
Algo denso.
Algo!?
Está aí, gostei.
Quer ler?

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Pausa do dia

Depois de um dia desgastante, de uma viagem aventureira e complexa, Amélie convida para uma pausa. Uma singela inspiração e outra expiração. Um misto de relaxamento com coragem para seguir em frente. Ainda há muito o que fazer...