
Mas e quando não é possível prever o final? Quando as coisas parecem ser o que não são? Se você assistiu os filmes "Os outros" e "A vila" entende bem o que quero dizer nesta postagem. Caso não tenha visto nenhum dos dois, eu explico. No primeiro filme, uma mulher se muda com os filhos para uma mansão, para esperar que o marido volte da guerra. Estes novos habitantes da casa, apresentam comportamentos estranhos e uma espécie de doença que os impede de receber a luz do sol. O desfecho é inusitado e descobrimos que na verdade, esta família não pertence a "este plano" e por aí, é possível entender a surpresa de quem assiste. Como já entreguei demais o enredo, sugiro que assistam o segundo filme e tirem as suas conclusões!
Na literatura é comum observarmos este tipo de surpresa em contos e poesias. Thiago Almeida, autor do blog Meio Pau é mestre nesta arte. Ele escreve textos com temas diversos que se desdobram em coisas inimagináveis e reflexivas, mas sempre muito bem tecidos e amarrados.
Neste contexto, destaco a música como um terreno fértil e bastante explorado. Os compositores Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante, da Banda Los Hermanos, sabem contar histórias por meio de suas canções. As "narrativas" apresentam início, meio e fim. Quase não vemos repetições exaustivas de refrão e assim acompanhamos os sentimentos do eu-lírico de forma a querer saber como ele se resolveu diante de determinada situação. Quer um exemplo? "Veja meu bem" é um relato de um personagem solitário e que revela quem é a sua verdadeira companhia.
Vale a pena conferir também a versão de Ney Matogrosso para esta letra.
Gostou?
Então, me surpreenda com seus comentários!