segunda-feira, 22 de março de 2010

O português da política


Ainda faltam alguns meses para as eleições de 2010, mas os brasileiros já estão fazendo as suas apostas nos possíveis candidatos que serão eleitos. Seria Dilma Rouseff, a futura presidente da república? José Serra e Marina Silva obterão êxito em suas campanhas?

São questões que não podemos responder com muita certeza. O que podemos prever com a máxima precisão é o uso do "plural majestático" na elaboração dos discursos de apresentação das plataformas políticas.

Provalmente, ao estudar "concordância nominal" nos tópicos de português da escola, você estudou este conceito. Quando o pronome "nós" é utilizado no lugar da palavra "eu", temos a presença do "plural majestático" ou "plural de modéstia".

De acordo com o portal R7, no dia 20 de fevereiro, após ser confirmada como candidata à presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT), a ministra Dilma Rouseff proferiu as seguintes palavras: "Ampliaremos e aperfeiçoaremos os programas sociais do governo Lula como o Bolsa Familia, implantaremos novos programas. Mas a educação será, sobretudo, um meio de emancipação politica do nosso povo" .

Esta é apenas uma amostra do que virá pela frente. Nos programas eleitorais gratuitos exibidos na televisão, ainda assistiremos a muitas imagens de obras públicas e depoimentos de pessoas satisfeitas com as gestões dos candidatos e principalmente, veremos o emprego da linguagem da modéstia no passado e no futuro. Afinal, enfretaremos mais um disputa permeada por clichês como: "nós fizemos" muito pelo país e ainda "faremos" mais.

De qualquer forma, ao pensar em todas as críticas pautadas pela mídia em relação ao falar do brasileiro, prefiro ouvir em demasia sobre as promessas eleitoreiras em tom majestático a ter que reforçar o uso absurdo do gerundismo no telemarketing.

9 comentários:

Thiago Almeida disse...

BBB 2010, IDÉIA DE RITA LEE

A cantora e ativista Rita Lee teve uma daquelas idéias brilhantes, dignas do seu gênio criativo.

Reclamando da inutilidade de programas como o Big Brother, ela deu a seguinte sugestão:

- Colocar todos os pré-candidatos à presidência da República trancados em uma casa, debatendo e discutindo seus respectivos
programas de governo.
Sem marqueteiros, sem assessores, sem máscaras e sem discursos ensaiados.

Toda semana o público vota e elimina um.

No final do programa, o vencedor ganharia o cargo público máximo do país.

Além de acabar com o enfadonho e repetitivo horário político, a população conheceria o verdadeiro caráter dos candidatos.

Assim, quem financiaria essa casa seria o repasse de parte do valor
dos telefonemas que a casa receberia e ninguém mais precisará corromper empreiteiras ou empresas de lixo sob a alegação de cobrir o 'fundo de campanha'.

A idéia não é incrivelmente boa?

Grupo Freehold disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paulo Teixeira disse...

Gostei do Majestático...
Eles podiam desitir um pouco do embromático tb, e levar menos a sério a idéia do "Pro-Nome" e torna-lo menos possessivo...dividindo as posses pra quem precisa delas de verdade.
Enfim, política é isso aí...até o retorno dos bejanis, vamos aturando os custódios...

Luiz Bianco Cunha disse...

não voto... particurlamente acho tudo isso umgrande teatro, e parte de um sistema, em que o voto não vale nada. Se não temos o poder defiscalizar diretamente e tirar do cargo aqueles que nao correspondem as expectativas do que adianta votar?

Anônimo disse...

Oi...
queria muito ser mais engajada politicamente...mais interessada...mas com as opções que tenho não dá nem vontade...chega uma hora que cansa...!!
estou quase entregando os pontos...
Mas sei que não devo...
Beijo
Parabéns pelo post...
Leca

João Ninguém disse...

Todo mundo já fez tudo. Tem tanta coisa que eles já fizeram que nem deve ter mais o que fazer...

Não bastasse a comédia dos discursos, vem a tragédia da falta de opções...

Eu gosto, eu me enganjo na política, mas a cada dia que passa a coisa fica mais triste.

Anule seu voto: Vote, duas vezes, 69.

Douglas Lopes disse...

É... o que na verdade deveria servir de informação aos eleitores, serve de chacota. Chacota no sentido de "ai ai, mais uma promessa... então tá, vamos escutá-la" por parte do povo. Se pelo menos o Majestático se concretizasse e não ficasse só na fala, estaria de bom tamanho!

Beijos!!

José Alexandre Abramo disse...

esse justificado por uma equipe representada alí por um candidato.
faz um certo sentido.
mas que tá foda tá.
quero que deem a largada logo.

Mônica Salomão disse...

Gostei do majestático!