quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Vicky Cristina Barcelona

It´s too late...
por Juliette

Em maio deste ano, o cineasta nova-iorquino Woody Allen apresentou sua nova produção no Festival de Cinema de Cannes. O filme é "Vicky Cristina Barcelona", uma comédia que traz no elenco os atores Scarlett Johansson, Javier Bardem e Penelope Cruz.

Algumas críticas dizem que Allen está brincando de ser Almodovar por fazer uso da Espanha como ambiente da narrativa e de atores espanhóis para conduzirem a história. Há também aqueles que dizem que o filme faz parte da nova fase do diretor que deixa Nova York de lado para fazer locações na Europa, a exemplo de "Scoop - o grande furo" e "Match Point". Já foram elaboradas até crônicas comparando os relacionamentos atuais e o triângulo amoroso abordado no filme.

Nesta semana, "Vicky Cristina Barcelona" teve a sua estréia nacional e ainda não está passando em Juiz de Fora. Diante de tantas informações, as conseqüências são a curiosidade e a vontade sintetizar todas essas opiniões em uma só, a alto-conclusão.

Em 2008, obras cinematográficas vencedoras do Oscar como "Juno", "Onde os fracos não tem vez" e "Piaf - um hino ao amor", também demoraram a chegar na cidade pólo da Zona da Mata Mineira, para decepção do público que só absorve os mais diversos tipos de resenhas e críticas.
Juiz de Fora se consolidou como uma cidade estudantil e cultural. Há um público ávido por cinema, música, teatro ou qualquer outra manifestação artística.

O problema não é a falta de espaço, pois a cidade conta com bons cinemas e mais de uma sala em cada um desses ambientes. O que realmente falta é a conscientização, a abertura de pensamento para o mercado que está diante dos donos dos espaços e a melhor distribuição de filmes para as cidades que estão fora do eixo Rio - São Paulo.

5 comentários:

Wadson Xavier disse...

Quanto mais fossem as oportunidades, maiores as visões de mundo teriamos pela ótica do cinema. Afinal, no filme estão presentes os elementos que todos conhecemos, porém sobre o ângulo do cineasta. Parece-me suspeito a supervarolização dos grandes nomes do cinema, em detrimento de uma visão mais ampla de todos os espaços e pensamentos, ou seja, de uma visão que não se limita ao do diretor, mas a pluralidade de interpretações que damos ao que nos é mostrado. Deveriamos ter tantos cinemas quanto bares, pulverizar o investimento de maneira mais democrática. Pois o que faz uma superprodução ser assim chamada, não é a importância do tema, mas sim o investimento feito sobre aquela visão de determinado cineasta. E num cenário onde o cinema americano domina 90% das salas, e para que algo nacional venha a ser chamado de "sucesso" ter que explorar alternativas como miséria, pobreza, favela. Posto que é esta a "especialidade" brasileira.
Assim, deturpamos a nossa visão sobre os demais temas, em que eles seriam os especialistas. É pura farsa! Fabricaremos cada vez mais a visão que nos é passada, comprar o luxo e exportar o lixo. Isso é a mais clara forma de domínio de um povo, refém do mercado, do capital, do dinheiro... que só aparece quando é pra se manter o establishment. Cinema assim não é arte, é comércio puro.

Juliana Vaz de Melo disse...

Ei Júlia!
Parabens pelo Blog.. está MARA!
li quase tudo que já postou!
Beijos e vou voltar mais vezes!

Mahína disse...

(respondendo seu comentário)Isso aí Ju, viva as piadas simples!
E eu adoro a Scarlet Johanson, heheheh Viu Match Point?
Um abraço!

Anônimo disse...

Se Woody Allen brinca de Almodovar, fiquei curiosa, porque adoro os filmes dele e acho que o próprio nome do filme realmente lembra os filmes de Almodovar. Essa eu pago literalmente pra ver!

Anônimo disse...

Volto pra dizer que acabei de ver o filme. Estou facinada! achei incrivel e me fez pensar na loucura que é a minha vida amorosa (não tão louca quanto a temática abordada no filme). Mas me fez pensar em relaxar mais e aproveitar as oportunidades. Que perigo! Me sinto influenciada pelo filme. Rs...