sexta-feira, 31 de julho de 2009

Diário de Anne Frank é incluído em lista de documentos importantes da Unesco


O diário de Anne Frank foi incluído na lista "Memória do Mundo" da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que inclui arquivos e documentos de valor excepcional.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (30) pelo organismo, junto com a incorporação de mais de 30 novos itens.

Desta forma, a lista "Memória do Mundo" chega a 193 incorporações, feitas desde 1997, segundo a Unesco.

Escrito por uma adolescente judia, o diário de Anne Frank --que se tornou um dos livros mais lidos do mundo -- narra a vida cotidiana na Holanda durante a Segunda Guerra Mundial, mostrando a repercussão da ocupação nazista.


Fonte: Folha de São Paulo

sábado, 25 de julho de 2009

O som da viola

20h, cortinas abertas. No palco, uma única cadeira e um microfone. Às 20:30, um homem tímido entra em cena acompanhado de sua viola. O público atento, observa aquele espaço de espetáculo no qual um violeiro se transformava. De repente, uma bela música é tocada com agilidade e talento e a platéia se rende ao encanto de "Paisagens" de Ivan Vilela.

Assim começou o quarto dia de apresentações do XX Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, no Cine-Theatro Central, em Juiz de Fora. No dia 23 de julho, violoncelos, pianos e violinos, cederam espaço à viola caipira em um repertório que mesclava músicas do século XIX, modas de viola tradicionais e até o rock dos Beatles.

O concerto de Ivan Vilela homenageou Pereira da Viola, Chico Buarque, Flávio Venturini e contou muitos, muitos "causos" caipiras. Por meio destas histórias, o público conheceu a trajetória da viola, instrumento lusitano que era muito comum na época do descobrimento do Brasil e que passou a ser tradicional na zona rural e periferias do país, com o surgimento do violão e outros instrumentos.

Até Padre José de Anchieta entrou na roda de viola, com a catequização e a formação de um novo dialeto, o "Abá nhe'enga oiebyr", uma adaptação da língua tupi-guarani que abrangeu muitas regiões do Brasil até o momento em que o português se tornou a língua obrigatória no país. O dialeto então irraizou-se na cultura brasileira e está presente no sotaque do homem do campo até hoje.
Para público, esta foi uma viagem cultural inesquecível no tempo e no espaço.

terça-feira, 21 de julho de 2009

O menino do pijama listrado

No mesmo espaço onde meninos alemães brincam de braços abertos imitando asas de avião, voando abastecidos pela pureza da imaginação, passam caminhões abarrotados de pessoas estranhas com estrelas pregadas em suas roupas e soldados gritando: "Entrem! Entrem!".
É neste cenário que começa a história do filme "O menino do pijama listrado", baseado no livro homônimo escrito por John Boyne, que retrata a vida de Bruno, um menino sonhador e aventureiro, que se muda com família para um lugar aparentemente inóspito quando o seu pai é promovido e recebe uma patente mais alta dentro do exército alemão.
Morando em uma casa moderna e panóptica, cercada de militares ríspidos e cães farejadores, Bruno e sua irmã Gertel tentam se adaptar a vida entre os muros da residência, buscando atividades divertidas e maneiras diferentes de passar o tempo. Nesta ânsia exploratória por novos espaços para brincar, o menino vê da janela de seu quarto um enorme campo que passa a chamar de "fazenda" e descobre um caminho para chegar até lá. Escondido de todos, ele chega a um lugar cercado por arames no qual pessoas trabalhavam durante todo o dia vestidas com um pijama listrado, com números pregados no bolso da vestimenta e que ainda deveriam obedecer aos comandos de um apito, como se estivessem em um jogo.

Depois de muitas visitas, Bruno vê um menino do outro lado da cerca e faz com ele uma amizade proíbida. De um lado havia um pequeno alemão, filho de um militar nazista. Do outro, um menino chamado Shmul, de descedência judaica e filho de um relojoeiro judeu.

Confuso por ouvir opiniões fortes e contundentes sobre os judeus, o jovem alemão não sabe em que acreditar. Primeiro, ele recebe as idéias proferidas por seu professor particular que prega a história dos alemães como pessoas superiores às demais e os judeus como vermes ou seres insalúbres. Depois, o menino assiste o video institucional do exército alemão, que mostrava os campos de concentração como verdadeiras colônias de férias, cheias de frescor e entretenimento.

E por último, ele conhece um bom judeu que se torna seu amigo.

Diante de tantas verdades, ele prefere a sua. E desbrava "a sua fazenda" na companhia de Shmul que o empresta um pijama listrado e o pede que descubra onde está o seu pai, que havia sumido na noite anterior. O desafio foi aceito. Uma vez do outro lado, a verdade é descoberta por inteiro.

Não há beleza, não há comida, não há cor. Somente sujeira, dor, fumaça e gases tóxicos que o calam para o resto da vida na companhia de seu amigo.

Filmes sobre o Holocausto, 2ª Guerra Mundial e Nazismo são muitos e as abordagens diversas. Mas é interessante notar que este período é fértil em termos de composições para a ficção e dramaturgia sob o ponto de vista das interrelações entre os envolvidos nas histórias. No filme "O Leitor", há uma mulher que por não saber ler prefere assumir a culpa da morte de milhões de judeus para não ferir a sua dignidade. Em "A Vida é Bela", há uma visão mais doce, o pai judeu, diz ao filho que a realidade vivida por eles dentro do campo de concentração, é apenas um jogo que se encerrará em breve.

Há uma infinidade de obras cinematográficas a serem listadas, por último indicaria "A Lista de
Schindler". E claro "O menino do pijama listrado", que traz uma surpreendente história tocante, que faz com que até um militar alemão discípulo de Hitler, o comandante de Auschwitz, seja fragilizado e penalizado com uma perda, que sem dúvida é irreparável. É preciso perceber o crime cometido e toda humanidade que há al otro lado de rio.

domingo, 12 de julho de 2009

Governo Chávez pretende tirar 154 estações de rádio do ar na Venezuela


Depois dos canais de televisão, as rádios!



O governo de Hugo Chávez, presidente da Venezuela, continua a investir contra as empresas privadas de mídia. Na última quinta-feira (09/07), o ministro das Obras Públicas, Disodado Cabello, anunciou que o governo pretende tirar 154 estações de rádio FM do ar, passando o controle das emissoras para o setor público.

Cabello é um dos responsáveis pela vigilância da rádio e TV na Venezuela. Além das estações FM, o ministro anunciou o reforço no controle à televisão via cabo e satélite. Recentemente Cabello declarou o controle do governo sobre 86 estações de rádios AM.

Para Chávez e partidários, as ações do governo pretendem "democratizar" os meios de comunicação, num esforço para tornar o país uma sociedade socialista. Classificada pelo próprio governo como uma “guerra de mídia” contra as empresas privadas de mídia, em 2007 Chávez deixou de renovar a concessão da RCTV, emissora particular do país, que depois de quase dois meses fechada, agora é transmitida por canais de assinatura.


Fonte: Comunique-se


Faço minhas as palavras de Boris Casoy: "Isso é uma vergonha!".

sábado, 13 de junho de 2009

Perguntas

Diga aos jogadores que sou alguém que persiste em manter-se na mesma condição.

1- Posso ler loura
2- Gosto de vestir-me bem.
3- No século 18, eu tinha o hábito de ler romances que me enchiam a cabeça de fantasias.
4- Luísa, de o Primo Basílio, me representa muito bem.
5- Hoje, prefiro as novelas, não gosto de ler e me contento em sair na coluna social.
6- O meu casamento já foi decidido pela minha família.
7- Atualmente, escolho o marido que mais luxo possa me oferecer.
8- Não nasci para o trabalho.
9- Mas, acho que trabalhar não deve fazer mal.
10- Tenho tendência para o adultério, desde que ele seja cometido em lugares românticos.
11- Adoro Paris.

Adivinhou? Sou a burguesa.

Em tempos de crise, é difícil mesmo imaginar que eu ainda possa existir.

ESCREVE, Juliette. Perguntas. In:_____. Caderno Encontrare 3. Juiz de Fora, 2009.

O Rock Clichê

Suposições, meras suposições ou uma observação da sociedade? Juliette escreve os clichês do rock mais presentes na sua vida e que com certeza você já se acostumou com eles.

1) Passagem de som: Na passagem de som de um show, sempre dizem: "Alô som, testando!". Os mais religiosos falam: "JE-SUS" ao microfone. E os roqueiros guitarristas dedilham os primeiros acordes de "Smoke on the Water", do Deep Purple.

2) O violão clichê: Todo adolescente que começa o aprendizado de violão, sabe tocar Nirvana e não se cansa de "Come as you are". Legião Urbana também faz parte deste contexto. O jovem não sabe nem quem foi Renato Russo e muito menos o que está cantando, mas faz questão de decorar uma música de aproxidamente 9 minutos como "Faroeste e Cabloco", além de muitas outras canções que entram nas rodinhas de violão.

3) Capital Inicial e a osmose. Depois que lançou o seu cd Acústico Mtv, o Capital Inicial, ressurgiu das cinzas em 2001 e desde então, mesmo que lance outras novas canções, o grupo sempre deve trazer os hits do cd em todos os shows. De tanto tocar, não é preciso comprar ou baixar as músicas, basta ouvir, e quando você menos espera, a música já está inteira na sua mente.

4)Fazer ou não sentido! - Eis a questão do Capital Inicial, que ataca novamente. Com o sucesso "Natasha", milhões e milhões de pessoas dizem gostar desta música de refrão absolutamente brega. "Pneus de carros cantam Thuru, Thuru, Thuru, Thuru", entre outros versos, que fazem com que a reflexão fique longe, provalmente em um "quarto tão profundo', quanto o do Jota Quest.

5) Pseudo-roqueiros - Qual é a atitude enrustida em um All Star? Colocá-lo significa ser alternativo? Pois é o que muitos pensam. Um jogo de signos, uma busca de identidades, de pertencimento a um grupo. Estilo? Talvez. Mas existem outras marcas de tênis que poderiam ser tão esteriotipadas quanto All Star?

6) Tom de desafio - Na preguiça de procurar uma música bacana no rico repertório musical mundial, os programas de televisão ao desafiarem os artistas, modelos, atrizes e desempregados(mulheres de cantores, ex-bbb´s, pessoas a espera de um contato) em atividades radicais (como pular de Asa Delta da Pedra da Gávea) sempre colocam o tema de Missão Impossível 2, do Limp Bizkit.

7) Van Halen e a Sessão da Tarde - Quem nunca assistiu a uma chamada da Sessão da Tarde com uma musiquinha do Van Halen ao fundo? "Jump" é o exemplo clássico!

Vamos reunir aqui, o que há de mais clichê neste meio. Exercite a sua memória! Com certeza você vai lembrar de mais alguns ítens para esta lista!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Tin Tin e a autonomia de existência

Quando algo é autonomo de existência, assim é porque transcende as barreiras das oscilações do gosto e atinge um patamar que lhe é próprio, singular e reconhecido pelas diversidades de pensamento. Tin Tin, personagem do quadrinista Hergé, é assim. O famoso jornalista investigativo, de traços leves e finos, quase um menino, que acompanhado de seu cão Milou embarca em aventuras inimagináveis, ganhou nesta semana um museu em Bruxelas.

Na verdade, o museu leva o nome do criador do personagem, mas já foi apelidado como "Le nouveau musée Tin Tin". Novo, porque na Bélgica já existia o "Centre Belge de la Bande Dessinée" - Centro Belga de História em Quadrinhos, e como o filho ficcional mais ilustre do país é o jovem comunicador de topete ruivo, o espaço também era referênciado como o Museu Tin Tin.

A abertura oficial será no dia 2 de junho. Antes desta data, o museu foi aberto para jornalistas e assessores, para a divulgação do local. Muitos sairam de lá decepcionados, não pelo conteúdo do Museu Hergé, que tem um acervo dividido em oito cômodos, ainda em dois andares, mas pelo fato de que lá dentro não se pode filmar e fotografar em função de que parte do que está exposto é original e precisa ser preservado. Obviamente, pensaram que por ser um museu "praticamente" dedicado a um colega de profissão, estes também obteriam regalias.

Com polêmicas ou não, o museu tornou-se realidade, com um projeto que se assemelha a uma página de quadrinhos, idealizado pela viúva de Hergé (1907-1983), Fanny Rodwell e pelo arquiteto francês Christian de Portzamparc.

Tin Tin, no cinema - Com estréia prevista para 2010, "As aventuras de Tin Tin: O Segredo do Unicórnio", é o primeiro de uma trilogia que será dirigida e produzida para as telonas em uma parceria de Steven Spilberg e Peter Jackson, respectivamente. O projeto é realizado pela Paramount Pictures e a Sony. O segundo filme sairá em 2011.

Para quem quiser se contextualizar neste universo, a dica é ler os quadrinhos ou assistir aos desenhos com algumas aventuras vividas por este rico personagem que mantém-se em ação nas mais diversas manifestações culturais, sejam elas impressas, audiovisuais ou museológicas!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Os clássicos dos clássicos, literalmente...

2009, é o ano dos remakes de Hollywood. 20 filmes dos anos 80, serão relançados neste ano, nos Estados Unidos e no Brasil até 2010 . Na lista de clássicos, podemos pinçar Karatê Kid que contará com Jaden Smith (o filho de Will Smith), como um dos três protagonistas mirins do filme.
Para matar ainda mais a saudade, os fãs dos clássicos poderão assistir nas telonas uma nova versão de "Ghostbusters". O escritor e ator das duas primeiras versões, Harold Hamis, anunciou que retomará os serviços de caçada aos fantasmas, com os mesmos atores do filme original, Bill Murray e Dan Aykroyd. Em parceria com a Warner, Leonardo Di Caprio, começará também neste ano a produzir uma nova versão para "A História sem fim".

Depois de adaptações literárias, histórias em quadrinhos e séries de televisão, chegou a vez do cinema inspirar-se na década de 80. Com o uso de novos aparatos tecnológicos, novos atores e direções diversas, os filmes podem englobar um público diferente ou até provocar as inevitáveis comparações com as primeiras versões. Mas a contribuição deste período poderá ser até maior, caso os realizadores destas produções também quiserem aproveitar este fértil decênio musical, nas trilhas sonoras.